terça-feira, 20 de março de 2018

Morre no Quênia o último macho de rinoceronte branco do mundo

O último rinoceronte branco macho morreu no Quênia aos 45 anos - anunciou a equipe responsável por sua segurança, o que deixa duas fêmeas como únicas sobreviventes da subespécie.
O rinoceronte, chamado Sudan, sofria há muito tempo de complicações de saúde por sua idade avançada e, após um agravamento considerável de seu estado, "a equipe veterinária tomou a decisão de praticar a eutanásia", informou em um comunicado a direção da reserva natural Ol Peteja, do Quênia, onde o animal vivia.
Quando Sudan nasceu em 1973, em Shambe, no Sudão do Sul, havia quase 700 exemplares vivos. Em tese, a morte de Sudan significa a extinção dessa subespécie de rinoceronte.
Os cientistas coletaram, porém, seu material genético e estão tentando desenvolver técnicas de fertilização in vitro para preservar a subespécie.
Uma espécie caçada
Sudan viveu os últimos anos de sua vida em uma reserva de 36.400 hectares no centro de Quênia, ao lado das duas rinocerontes fêmeas desta subespécie, protegido dos caçadores por guardas armados.
"Em Ol Pejeta estamos tristes com a morte do Sudan. Era um grande embaixador de sua espécie e será recordado porque serviu para alertar em nível global sobre a situação que os rinocerontes enfrentam, mas também as muitas milhares de outras espécies ameaçadas de extinção como resultado da insustentável atividade humana", afirmou o diretor do Ol Pejeta, Richard Vigne.
Os rinocerontes têm poucos predadores na natureza por seu tamanho.
Mas a população de rinocerontes brancos do norte foi dizimada em Uganda, na República Centro-Africana, no Sudão e no Chade em consequência da caça dos anos 1970 e 1980, estimulada pela demanda de chifres de rinoceronte para a medicina tradicional chinesa na Ásia e para alças de punhal no Iêmen.
Uma última manada selvagem (20 a 30 rinocerontes) na República Democrática do Congo morreu nos combates registrados neste país no fim dos anos 1990.
Em 2008, o rinoceronte branco do norte foi considerado extinto em estado selvagem.
Os rinocerontes estão no planeta há 26 milhões de anos. Em meados do século XIX, sua população era de quase um milhão na África. Em 2011, o rinoceronte negro ocidental foi considerado extinto.
Sudan evitou a morte em estado selvagem quando foi capturado no Sudão do Sul, ao lado de outros seis exemplares, e enviado na década de 1970 para o zoológico de Dvur Kralove na então Tchecoslováquia.
Esse zoológico na região central da atual República Tcheca é o único lugar do mundo onde aconteceu uma reprodução em cativeiro.
Fonte:https://www.msn.com/pt-br/noticias/meio-ambiente/morre-no-qu%C3%AAnia-o-%C3%BAltimo-macho-de-rinoceronte-branco-do-mundo/ar-BBKsEU8?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

quarta-feira, 14 de março de 2018


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Atenção Alunos






Não haverá atendimento de Biologia no dia 16/03/2018 sexta -feira no período da tarde.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Dois vírus gigantes e complexos são descobertos no Brasil.
Vivendo em condições primitivas, semelhantes àquelas que deram origem aos primeiros seres vivos do Planeta, dois novos vírus – gigantes e geneticamente complexos –  foram descobertos no Brasil. Tão poderosos e complexos que receberam o nome do Deus do trovão: Tupanvirus. Não que ele seja uma ameaça à vida na terra... Apesar de serem complexos e gigantes, os supervírus não causam doenças e tem preferência por infectar amebas. O poder deles está muito além da capacidade infecciosa. A descoberta e o estudo desses microrganismos podem mudar a classificação dos 3 domínios da vida, proposta e aceita desde 1977, e dar um fim naquela discussão de que vírus não são seres vivos.
Os dois Tupanvirus foram encontrados em ambientes aquáticos: um deles nas lagoas salinas e alcalinas que ficam na região de Corumbá (MS), pelo pesquisador brasileiro Ivan Bergier. O outro em sedimentos marinhos coletados por um robô da Petrobrás, a aproximadamente 3 mil metros de profundidade, na Região da Bacia de Campos (RJ). Eles podem atingir o tamanho de até 2,3 micrômetros (1 micrômetro corresponde a 1 milionésimo de metro), possuem cerca de 1,5 milhões de pares de bases de DNA, e  podem codificar até 1.425 tipos de proteínas. A capacidade desses vírus gigantes garantiu a eles o título de vírus com a maior capacidade de síntese de proteínas já visto, e com esse conjunto completo de genes, eles tornam-se menos dependentes do parasitismo celular!
Créditos: Nature Communicarions.
Além de possuírem 1/3 dos seus genes completamente novos e desconhecidos, os Tupanvirus possuem genes semelhantes aos que existem nos 3 grandes domínios da vidaArchaea (organismos procariontes e quimiotróficos), Bacteria (organismos procariontes e unicelulares) e Eukarya (organismos eucariontes). Com o genoma bastante sofisticado, eles ressuscitam uma grande discussão de 2003 em relação aos mimivírus. Na época, os mimivírus foram identificados como os vírus com o maior capsídeo já visto (o capsídeo é a camada externa e proteica que envolve o material viral), eram capazes de carregar genes que reparavam, replicavam, transcreviam e traduziam o DNA, e que poderiam ser infectados por um outro vírus. O compartilhamento de tantas características com os seres vivos, e a capacidade de adquirir doenças (assim como nós), levou os pesquisadores a considerarem o vírus como um ser vivo, tirando ele do grupo “sem reino”. Pois agora essa discussão voltou...
Isso significa que eles podem ser um elo perdido na evolução dos microrganismos e ainda fundamenta a discussão de que vírus são sim seres vivos. Os pesquisadores ainda acreditam em 3 hipóteses: a 1ª é que os vírus gigantes evoluíram de um ancestral mais simples, a partir da aquisição de genes infectados. A 2ª é a de que os ancestrais dos Tupanvirus eram ainda mais gigantes e complexos, e que ao longo do tempo perderam os genes dispensáveis. Uma 3ª hipótese acredita que os Tupanvirus podem representar a criação de um 4º domínio da vida. Três hipóteses e um fato: este é só o início de um grande debate científico e uma possível revolução na árvore evolutiva.