segunda-feira, 20 de março de 2017

BIOLOGIA x INVESTIGAÇÃO CRIMINAL


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Aplicações da Entomologia Forense nos casos de morte violenta 

1. Local da morte. 
Baseado na distribuição geográfica, hábitat natural e biologia das espécies coletadas na cena da morte, é possível verificar o local onde a morte ocorreu. Por exemplo, certas moscas da família Calliphoridae são encontradas em centros urbanos e a sua associação aos corpos encontrados na zona rural sugere que a vítima foi morta no ponto onde foi encontrada. Da mesma forma, informações sobre outras espécies de moscas que apresentam habitat específico, preferência distinta em realizar postura em ambientes internos ou externos, ou em diferentes condições de sombra e luz podem dar indicações do local da morte. 

2. Modo da morte. 
Drogas e tóxicos presentes nos corpos afetam a velocidade do desenvolvimento de insetos necrófagos. Cocaína, heroína, metanfetamina, amitriptilina e outras substâncias químicas têm mostrado efeitos no desenvolvimento das larvas e na decomposição e podem indicar morte por ingestão de dose letal. Pela voracidade das larvas, os fluidos do corpo e partes moles necessárias para as análises toxicológicas desaparecem. Então, é necessário identificar esses medicamentos e substâncias tóxicas no corpo de larvas de insetos necrófagos que se alimentaram desses cadáveres contaminados. Por outro lado, certas substâncias, como o arseniato de chumbo e o carbamato, impedem a colonização do cadáver por certos insetos necrófagos e a ausência destes é indicativa da presença dessas substâncias.

3. Intervalo post mortem (IPM). 
Na medicina legal, uma das questões mais críticas reside em saber “Quando a morte se deu?”. A determinação do intervalo post mortem é, freqüentemente, dada por patologistas e antropólogos forenses e, raramente, por um entomólogo. Normalmente, nos métodos tradicionais, o IPM e a sua estimativa são inversamente proporcionais, isto é, quanto maior for o IPM, menor é a possibilidade de acurada determinação. Porém, com auxílio de conhecimentos entomológicos, quanto maior o intervalo mais segura é a estimativa. O método entomológico pode ser muito útil, sobretudo, com um tempo de morte superior a 3 dias. Das técnicas de cronotanatognose (diagnóstico do tempo da morte), como o relatório policial, a necropsia e o método entomológico, estatisticamente, este último é o mais eficiente. 

Para determinação do IPM, duas abordagens principais são utilizadas. A primeira envolve a dependência da temperatura no desenvolvimento dos insetos (aplicada principalmente para dípteros) e a segunda reconhece que uma sucessão padronizada de artrópodes geralmente facilita a decomposição dos cadáveres (humanos ou não). Ocorre que, pelo reconhecimento de como a fauna associada ao cadáver se relaciona ao padrão, uma estimativa do IPM pode ser feita.

Fontes:
http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=79; http://odia.ig.com.br/portal/rio/moscas-detetives-ajudam-per%C3%ADcia-a-esclarecer-crimes-1.42519 Acessados em 20/03/2017.

VOCÊ SABE O QUE É UM PROTISTA?

Reino Protista
A complexidade da célula eucariótica de um protozoário é tão grande, que ela - sozinha - executa todas as funções que tecidos, órgãos e sistemas realizam em um ser pluricelular complexo. Locomoção, respiração, excreção, controle hídrico, reprodução e relacionamento com o ambiente, tudo é executado por uma única célula, que conta com algumas estruturas capazes de realizar alguns desses papéis específicos, como em um organismo pluricelular.
Segundo a classificação dos seres vivos em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são protistas heterótrofos.

 Fontes:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/bioprotista.php Acessado em 20/03/2017; 
https://www.youtube.com/watch?v=IImnpPFAS-I Acessado em 20/03/2017.

domingo, 12 de março de 2017

CUIDADO; SE VOCÊ GOSTA DE CARAMBOLA!

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Comer carambola ou tomar seu suco pode ser fatal para pacientes com insuficiência renal crônica devido a uma toxina presente na fruta que deixa de ser filtrada pelos rins. A novidade é que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram isolar e caracterizar a toxina para entender como ela age no organismo. Os autores batizaram a substância de caramboxina, para facilitar a associação com o nome do fruto Averrhoa carambola. O estudo, que busca alertar para os perigos da ingestão da toxina, estampou a capa da edição do dia 7 de novembro da revista Angewandte Chemie International, com status de VIP (Very Important Paper).
Os estudos começaram em 1998 e os primeiros resultados surgiram no início dos anos 2000. O isolamento da substância não foi tarefa fácil, porque a caramboxina, quando misturada em água e armazenada em temperatura ambiente, sofre uma reação que altera sua configuração e a torna completamente inativa. Segundo os pesquisadores Norberto Peporine Lopes e Norberto Garcia-Cairasco, professores respectivamente da Escola de Ciências Farmacêuticas e da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o trabalho exigiu a união de esforços de uma equipe multidisciplinar, como nefrologistas clínicos, neurocientistas básicos e químicos estruturais e de síntese. As frutas usadas para isolar e estruturar a toxina foram colhidas de árvores que não foram tratados com pesticidas.
Testes com extrato bruto de carambola (suco) foram feitos em animais de laboratório com insuficiência renal, a fim de simular a situação dos pacientes, descrevem os responsáveis pela pesquisa. “Os animais tomaram o suco concentrado, o que produziu efeitos semelhantes aos de pacientes nas mesmas condições, incluindo convulsões e eventuais óbitos”, explica Garcia-Cairasco, lembrando que é impossível comprovar tais sintomas sem o uso de modelos animais. Os dados mais conclusivos sobre caracterização neuroquímica e neurofarmacológica da toxina foram obtidos em modelos in vitro.
Quando o fruto e/ou seu suco são consumidos por pacientes acometidos de insuficiência renal ou lesão aguda nos rins, ou por indivíduos diabéticos, a caramboxina pode induzir crises de soluços, vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões prolongadas (estado de mal epiléptico) e até a morte. Embora pessoas sem histórico de problemas renais não corram riscos, os pesquisadores recomendam que se evite abuso no consumo da carambola. Isso porque seu teor de ácido oxálico pode eventualmente produzir cálculos renais em indivíduos mais sensíveis. Isto predisporia aos efeitos neurotóxicos da caramboxina, afirma o professor Garcia-Cairasco.
Para os pesquisadores, os resultados do estudo podem ajudar a criar ferramentas para estudos de processos de excitabilidade e neurodegeneração do sistema nervoso ou mesmo para a produção de eventuais substâncias chamadas antagonistas. Para mais informações, acesse um estudo anterior que está disponível na Biblioteca Virtual.
Projeto
Desenvolvimento de uma plataforma para o estudo do metabolismo in vivo e in vitro de produtos naturais, uma necessidade para o sistema de ensaios pré-clínicos (nº 09/51812-0); Modalidade: Auxílio à Pesquisa – Programa BIOTA – Temático; Coord.: Norberto Peporine Lopes/USP; Investimento: R$ 1.563.792,01 (FAPESP)

Artigo
GARCIA-CAIRASCO, N. et al. Elucidating the Neurotoxicity of the Star FruitAngewandte Chemie. 2013

Fonte:http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/11/25/toxina-da-carambola-e-isolada/ Acessado em:12/03/2017

CURIOSIDADES DA BIOLOGIA

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Por que perdemos os dentes de leite?
Desde o nascimento, as raízes dos dentes de leite e dos dentes definitivos estão dentro das gengivas. Os dentes de leite nascem entre os 6 meses e os 2 anos de idade. Perto dos 6 anos, as raízes dos dentes definitivos se desenvolvem e os dentes de leite caem para dar lugar a eles.
Até que idade crescemos?
O crescimento dos ossos começa com o nascimento e vai até mais ou menos 20 anos. Porém, o esqueleto não é o único a se modificar. Na adolescência, todo o corpo muda: é a puberdade. Quando ficamos adultos, o corpo não cresce mais.
Como ficamos velhos?
Envelhecemos durante toda a vida! Mesmo que você não seja velho, tem mais idade que um recém-nascido. Não se pode dizer que a velhice começa em um momento preciso. A partir de certa idade, o corpo não pode mais gerar filhos e, aos poucos, vamos ficando mais frágeis.
Por que nossos dentes não têm a mesma forma?
Os dentes da frente servem para partir os alimentos. Eles são chatos e cortantes. Os caninos desfiam a carne. Eles são muito pontudos. Os molares são grandes e largos, servem para triturar a comida.
Para que serve a saliva?
A saliva é importante para matar os micróbios e deixar a boca úmida. Quando comemos, a saliva molha os alimentos e assim começa a digestão. Isso facilita muito o trabalho de todo o sistema digestório!
Por que nosso coração bate mais forte quando temos medo?
O coração bate o tempo todo, mas percebemos melhor quando ele bate mais rápido ou mais forte. Quando estamos com medo, todo o corpo se prepara para que possamos fugir a toda a velocidade. É por isso que o coração começa a bater bem rápido.
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Curiosidades/Curiosidades.php Acessado em: 12/03/2017